A transparência das palavras

   A sensação de ser tudo para todos e nada para si mesmo. Dar tudo pro mundo e receber migalhas dele, ridículo não é mesmo? É impossível contar quantas vezes você se dedicou pra ser alguém, mas é contável as vezes que foi considerado ninguém, que não foi visto, não é?      

 Não são farpas, são realidades, por mais que doam, você vive nela, você está nela. Ao mesmo tempo que você é magoado, você magoa alguém, ao mesmo tempo que você chora pela dor alguém se comove pela sua e chora junto. Talvez seu sentimento seja revolucionário, ou talvez seja apenas mais um texto perdido no bloco de notas que você sabe que não vai mandar para aquela pessoa. As palavras cospem na tela, seu sentimento fica cada vez mais transparente. Mas opa, ninguém vai ver, ninguém sabe, é só você.

  As vezes é cansativo pensar no depois " e se, e se" e se nada porra, vamos acordar? Manda esse texto que você fez e não manda por medo, fodasse a reação dele, ele se importou na hora de te machucar? Então porquê você deveria? Porquê? Ela pensou duas vezes antes de te xingar nas redes sociais? Ela segurou sua mão quando você precisou? Porquê guardar? Porquê não só dizer?. 

   Nessa geração é tudo tão pequeno e grande ao mesmo tempo, sempre tem dois extremos. Ou você ama demais, ou você odeia demais. E se eu não quiser amar demais? E se eu escolher só não ligar ao invés de odiar? Impressionante que o " e se" sempre volta né. 

  Hora ou outra me sinto frustada por amar demais mas o importante é que eu sei amar, eu sei respeitar e eu sei a hora de calar, a hora de falar e a hora de simplesmente deixar... 

    As palavras falam, falam o que a alma quer falar, cada letra, acento, vírgula e pontos finais. Tudo se liga, se liga junto com os olhos marejados, com a mão quente segurando a sua e dizendo " vai ficar tudo bem, meu amor".

Autora: amanda pinheiro.

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